Batalha Cênica Salvador
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 9º pagina [22/06/1014]

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Alan_Vitor
Soldado
Alan_Vitor


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MensagemAssunto: 9º pagina [22/06/1014]    9º pagina [22/06/1014]  EmptyTer Out 20, 2015 3:45 pm

9º pagina [22/06/1014]  Mb274l


Hoje ao amanhecer, fiquei deitado um pouco mais na cama. Olhando para o nada, e pensando sobre tudo. Ao me levantar fui aos túmulos dos meus pais, já tinha tempo que eu não ia lá. Eles não estavam realmente enterrados lá, seus corpos foram queimados naquele incêndio. Era só um amontoado de pedras, mas umas pedras que estavam lá! Estavam lá pra lembrar quem eu nunca esqueceria.
Após um tempo por lá, me recordei daquele dia: Voltando tarde pra casa, a vi pegando fogo. Me lembro de correr para saber o que estava acontecendo, Albert me avisando que eles estavam lá dentro, eu tentando entrar na casa, Albert e Ártis me segurando...
Até hoje os culpados não foram pegos. Tudo por dezessete moedas de ouro, que meu pai tinha guardadas. Tenho certeza que um dia, eu os vingarei!
Logo após o ocorrido, o senhor Harryson me disse sobre outra casa um pouco afastada do condado e que poderia me ceder ela. Me permitiu trabalhar em sua forja e ainda me encorajou a treinar, visando entrar para o exercito. Acho que fez isto após ver minhas péssimas habilidades, como forjador.
Depois de me despedir dos meus pais, fui me despedir de outro que também já não estava entre os vivos, o Albert. Perante seu tumulo prometi não trilhar uma vida de erros como ele fez no final e consegui realizar o seu sonho de infância: Fazer o nome do nosso condado ser conhecido e levado para terras distantes, trazendo honra e gloria para os nossos!
Muitos devem pensar que nada vale fazer promessas para os mortos, mas para mim, estava valendo. E no momento era o que importava.
Logo após os mortos, fui me despedir dos vivos. Tiveram muitos que visitei, mas resumirei esta parte.
Passando na casa de Ártis, confessei que sentiria falta de suas valiosas informações e contei que passaria na forja do senhor Harryson por ultimo.
Já havia dias que não ia lá. Não por opção minha. Chegando lá, avistei o velho anão que abriu um grande sorriso. Contei a ele tudo que havia se passado e ele parecia já saber de grande parte. Ficou fascinado com minhas novas armas, me deu umas boas dicas de como sobreviver andando por ai e me lembrou que se eu tivesse aprendido a andar de cavalo, isto agora me seria útil!
Eu só viajarei entre os condados deste reino, não será uma viajem pelo mundo. Não acho que este reino possa ser tão grande.
Me despedi de meu velho amigo forjador. Agradeci por tudo e quando já seguia no caminho de volta, avistei Zavahski ao lado de um cavalo. Eu nunca gostei dele. Sempre com uma expressão seria e sombria. Fora os boatos de que ele praticava magia negra, mas como dizia Ártis, num condado pequeno quando não há o que se falar, se inventa! Enquanto o observava guardando grandes bolsas no cavalo e duas grandes espadas em suas costas, se preparando para partir, fui surpreendido por alguém que acharia não ver mais, o andarilho das dunas.
— Matador de moscas! Quero dizer, Allan! O que ainda faz por aqui?
— Me despedindo do pessoal do condado, vou demorar a vê-los novamente.
— Isso se um dia você voltar a vê-los novamente.
— Obrigado pelo pessimismo...
— Realismo!
— Mas e você? Continuará por aqui?
— Não, parto hoje também. Tenho muito que fazer antes de voltar para casa, na verdade perdi tempo demais por aqui.
— Falado nisto, você nunca me disse o motivo de ter vindo para este condado.
— Estava passando por perto e resolvi parar aqui. Conhecendo este maravilhoso condado eu fiquei fascinado e acabei ficando semanas aqui, sem perceber o tempo passar.
— Serio?
— Claro que não garoto! Então, já se preparou para deixar todos seus amigos para trás?
— Sim.
— E um grande amor também?
— Não estou deixando nenhum grande amor.  
O andarilho sorriu.
— Como andarilho, vai conhecer muitas garotas e aprender a deixar todas, seguindo seu caminho.
— Por que eu deverei deixá-las? – Lhe perguntei intrigado.
— Pra começar, porque você tem que percorrer o reino e chegar ao condado de castelo branco, antes do dia do alistamento. E não ache que será fácil! Como andarilho você também vai aprender a importância da sua jornada. Deixar para trás aquelas que seu coração pedirá para que não deixe, a ser forte seguindo em frente, apesar de tudo! – Yuri olhou para cima e como se pude-se ler um pergaminho oculto nas nuvens, calmamente continuou. – Mas pode acabar achando uma, uma que mesmo que deixe longe de seu coração não conseguirá deixar longe da sua mente. Uma que mesmo após messes passados e léguas percorridas, continuará a aparecer em teus sonhos. Uma que no final de sua jornada, te fará pensar em retornar ao seu encontro, porem tome cuidado.
— Com o quê?
— Se você decidir voltar aos braços de uma mulher após sua aventura, esta será sua ultima! E dizem que os andarilhos costumam morrer, em sua ultima aventura.
Enquanto eu refletia sobre o que tinha acabado de ouvir, o andarilho começou a caminhar. Já a certa distancia, acenou sem olhar para trás dizendo. – Tente não morrer, não quero que o tempo que perdi treinando você tenha sido em vão.
— Não vou! – Gritei para ele que não sei se chegou a ouvir. Olhei em volta, procurando por algo que deveria estar por lá. Não me lembrei o que era e voltei para casa.
Chegado em casa. Guardei umas roupas numa mochila, uns mantimentos em outra. Inspecionei bem um bolso para sempre carregar comigo este diário e guardei minhas sabres nas bainhas que o senhor Harryson me deu. Sorte minha ele ter essas duas bainhas de sabres guardadas na sua forja. Achei estranho eu nunca ter visto elas por lá e estarem tão bem conservadas, se eram velhas como ele falou. Serviram perfeitamente! Como se tivessem sido feitas exatamente nas medidas.
Termino agora meu dia nesta pagina, antes de dormir. Amanha pouco antes do sol nascer, partirei para minha longa jornada em direção ao condado de castelo branco, atrás desse tal de Fred Adler e de informações do paradeiro do visconde Slade.
Não tenho certeza de como será minha vida daqui pra frente, se sempre terei tempo para escrever aqui, mas sempre que possível voltarei aqui para relatar o que se passou comigo. Espero logo escrever sobre minha entrada, no exercito do reino de São Salvador!



Quinta-feira, 22 de junho de 1014.
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